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A revolução e a evolução das moedas digitais

Nos últimos anos, as moedas digitais têm ganhado cada vez mais atenção…

Keiji Sakai

02 de setembro de 2024

Nos últimos anos, as moedas digitais têm ganhado cada vez mais atenção no mundo financeiro.

Tudo começou com o Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada, que surgiu em 2009 e revolucionou a forma como pensamos sobre dinheiro e transações financeiras. O Bitcoin abriu as portas para uma nova era de ativos digitais, trazendo consigo o conceito de blockchain e a promessa de uma alternativa ao sistema financeiro tradicional.

Agora, o conceito de moeda digital evoluiu, e não são apenas os entusiastas de tecnologia e os investidores que estão de olho nesse mercado. Mas por que os governos não adotam também o uso das moedas digitais? Na verdade, muitos governos ao redor do mundo começaram a explorar suas próprias versões de moedas digitais, conhecidas como Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs). No Brasil, essa inovação se materializa na forma do DREX, a nossa própria moeda digital. Mas o que exatamente é o DREX, e como ele se diferencia das criptomoedas tradicionais como o Bitcoin?

Uma CBDC, como o DREX, é uma moeda digital emitida e controlada por um banco central, o que significa que é oficialmente reconhecida e regulada pelo governo. Diferentemente das criptomoedas, que são descentralizadas e operam sem uma autoridade central, as CBDCs são centralizadas, garantindo maior estabilidade e segurança no uso diário, além de serem projetadas para complementar o sistema financeiro existente, não substituí-lo.

Onde essas CBDCs estão sendo implantadas? Vários países já estão avançando com projetos de CBDCs. A China, por exemplo, está na vanguarda com o e-CNY, também conhecido como yuan digital, que já passou por vários testes em grandes cidades. O Banco Central Europeu também está explorando o lançamento do euro digital, com estudos e consultas públicas em andamento para entender melhor como essa moeda poderia ser implementada e utilizada. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve está pesquisando as possíveis implicações de um dólar digital, embora ainda esteja em fases iniciais. Outros países, como as Bahamas, com o Sand Dollar, e a Nigéria, com o eNaira, já lançaram suas próprias versões de CBDCs, buscando modernizar suas economias e ampliar a inclusão financeira.

E no Brasil, como anda a implementação? O Banco Central do Brasil já realizou várias rodadas de consultas e diálogos com o mercado e lançou os princípios do DREX, a versão brasileira da CBDC. Atualmente, o projeto está na segunda fase do piloto, envolvendo consórcios formados por empresas de tecnologia e participantes do mercado financeiro. Esses consórcios estão testando diferentes aspectos do DREX para garantir sua viabilidade, segurança e eficácia no uso diário. O objetivo é que o DREX funcione como uma extensão digital do real, mantendo a paridade de valor e se integrando ao sistema financeiro nacional de forma segura e eficiente, sempre buscando aumentar a inclusão financeira e reduzir os custos de transação.

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