Cenário Internacional
Em setembro de 2024, o cenário econômico global indicou uma expectativa de desaceleração das principais economias – EUA, zona do euro e China – mas com uma visão otimista para o médio prazo. Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) iniciou um ciclo de flexibilização monetária, reduzindo a taxa de juros básica em 50 pontos-base para a faixa de 4,75% a 5,00%. Essa decisão, impulsionada pela moderação do mercado de trabalho e uma inflação mais controlada, resultou em alta nas bolsas globais, uma queda nos juros futuros e uma desvalorização do dólar em relação a outras moedas.
Na China, o governo lançou uma série de medidas para impulsionar a economia, incluindo um possível corte na taxa de juros entre 20 e 25 pontos-base e estímulos fiscais no setor imobiliário. Apesar dos esforços, a demanda interna permanece fraca e há riscos de deflação. Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou um possível corte de 25 pontos-base na taxa de depósitos, de 3,50% para 3,25%, devido a indicadores de atividade econômica fracos e uma gradual desinflação.
Cenário Doméstico
No Brasil, a atividade econômica manteve-se robusta com crescimento do PIB e um mercado de trabalho aquecido. O COPOM iniciou o ciclo de aperto monetário, elevando a taxa SELIC para 10,75%, com expectativa de mais aumentos até o fim do ano. A bolsa brasileira, em contrapartida, apresentou um recuo em setembro, influenciada pela política monetária mais rígida e incertezas fiscais.
A inflação permanece próxima ao limite projetado e os ativos de crédito privado mostram uma redução de spreads, refletindo a resiliência econômica e os riscos inflacionários. O câmbio apreciou-se devido ao contexto global, embora o Real ainda apresente certa depreciação no ano. O diferencial de juros entre Brasil e EUA atrai fluxo positivo de capital estrangeiro.
Dado o cenário atual, mantemos nossas posições em ativos domésticos com cautela, recomendando uma diversificação prudente e monitoramento constante das condições econômicas.